O LIVRO ILEGÍVEL
Uma simples sugestão, ilegível mas compreensível,
da Lei Antiga, sem qualquer figuração de algum trecho específico
que necessariamente diminuiria o protagonismo do livro central, esse sim, legível
e de forma precisa? É a hipótese mais provável, mas quase todas as interpretações
literalistas se esforçam por decifrar o livro ilegível como uma charada intencional,
sem que, todavia, reconheçam a proposta de charada global patente nas inúmeras
incongruências semeadas de um extremo ao outro do políptico.
Estranhamente, as mensagens banais em línguas ignotas que imaginam descobrir
não se fazem acompanhar de razões para qualquer ocultação, nem são integradas no simbolismo
global que jamais é registado em pormenor. Não sendo todavia impossível
que alguma mensagem secundária possa estar dissimulada nos estranhos caracteres,
aqui deixamos o desafio na esperança de que os cripto-analistas mais persistentes
possam chegar a conclusões definitivas...
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