TOSÃO DE OURO FraPesInfArcCavRel

TAPEÇARIAGIDEÃO E JASÃOCRÓNICAS DE HAINAUT
Crónicas de Hainaut

CRÓNICAS DE HAINAUT (fl.1)
Iluminura de Rogier van der Weyden, 1447
(Bibliothèque royale de Belgique, ms. 9242)

Iluminura de Rogier van der Weyden que abre as crónicas do condado de Hainaut adquirido pelo duque de Borgonha em 1433, traduzidas para francês por Jean Wauquelin a partir da redacção original em latim de Jacques de Guise (séc. XIV). A cena mostra o duque Filipe o Bom, acompanhado de seu filho Carlos e várias personalidades identificáveis do conselho ducal que geria o estado borgonhês, em 1447, no acto de receber o livro das mãos de Simon Nockart, alto funcionário do Hainaut. Do lado direito do duque, o chanceler Rolin, o bispo de Tournai Jean Chevrot, que presidia ao conselho, e provavelmente Guy Guilbault que presidia à câmara de contas de Lille, à data a terceira figura da administração ducal; à sua esquerda e de seu filho, o grupo de nobres de elevado estatuto que integravam o conselho. Nas margens decoradas figuram os escudos das possessões do duque, juntamente com os fuzis e pederneiras emblemáticos, e no topo o seu brasão de armas, composto por escudo e conjunto de elmo, virol, paquife e timbre, num raro caso em que o colar do Tosão de Ouro que dele faz parte está ausente. No entanto, a ordem está presente, não só através da divisa «Aultre N'aurai» de um e outro lado do escudo, mas ao pescoço do duque, do seu filho e do grupo de nobres.